Já não há mais quem consiga passear com tranqüilidade pela
Praça da Bandeira, em Cruzeiro do Sul. O local que é um espaço público que
representa bem o processo de instituição da segunda maior cidade do Acre, pois
foi construído nos primórdios de sua fundação, está dominado pelos viciados em
droga e álcool.
Não tem hora nem dia para os “noiados”e acoólatras se
aglomerem na praça. Em grupo eles aproveitam as sombras das belas e antigas
castanholas para se protegerem do sol, tomar cachaça e, muitas vezes, até usar
cocaína.
Todos os dias, em plena manhã, se vê grupos reunidos para
compartilhar tais substâncias. A maioria já padece com as consequências do
vicio. Percebe-se pela fisionomia de cada um que a droga e o álcool estão
acabando com o físico e com a mente dos viciados. São homens, mulheres, idosos
e até adolescentes que já figuram no rosto o amarelão em consequência da vida
que levam.
Sem nenhuma preocupação com as autoridades policiais, eles
bebem e fumam até cair. Em muitos momentos ficam de dois, três ou mais,
escornados nos bancos ou no chão da praça. Geralmente não respeitam as pessoas
que passam. Sem nenhuma cerimônia, fazem xixi e até cagam na presença das
pessoas.
O pior de tudo é que, além da falta de respeito, ainda existe a insegurança para quem trabalha nos estabelecimentos próximos e para as pessoas que passam. No local é comum a prática de assaltos e furtos. As vítimas até têm medo de denunciar, mas frequentemente as pessoas são abordadas e sob ameaças são obrigadas a fornecer dinheiro para que eles possam manter o vício. Em vários comércios e instituições os funcionários já foram vítimas da ação dos noiados que levam celulares, carteiras, bolsas e produtos das prateleiras.