quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O gozo das "Excelências"

Chegou o momento mais esperado pelos parlamentares. O período que eles devem aproveitar para visitar as bases, conversar com o povo e saber o que cada comunidade está precisando para que, no retorno às casas legislativas, possam defender os interesses de cada cidadão. Para isso, nossos "defensores" na Câmara Municipal terão dois meses do chamado recesso de final de ano. Mas, será que vamos recebê-los em reuniões em nossas comunidades?

Na teoria seria para isso o período de 60 dias que os vereadores deixam de se reunir em sessões ordinárias na Câmara Municipal e ficam de folga do trabalho de rotina. Para se informar da situação de cada rua, de cada bairro, das comunidades, percorrer o município e se inteirar dos assuntos que afligem os moroadores. Desta forma teriam subsídios para desenvolver o mandato voltado para os interesses da população como deveria ser de fato e de direito.

Entretanto, não é essa a realidade. As "Excelências" preferem descansar do árduo trabalho de dois dias por semana, de uma carga horária de 2 horas por dia, do que conversar com os eleitores, se reunir com as lideranças e verificar de perto os problemas enfrentados pelas famílias de nossa cidade. A maioria aproveita para o gozo de um período de férias duas vezes maior do que do trabalhador que ganha um mísero salário mínimo. Isso se não bastassem os 30 dias de recesso que os mesmos têm direito no meio do ano.

Mas, neste recesso espero ser contrariado. Vou ficar na torcida para que nossos vereadores apareçam, visitem as escolas, os hospitais, as periferias, conversem com os trabalhadores, se reúnam com os sindicatos, com os dirigentes das associações de moradores e de sociedades agrícolas, entre outros. Vejam que as drogas estão destruindo famílias, que no meio da maior bacia de água doce do mundo muitas pessoas sentem sede, que a malária não dá trégua, que no meio da selva não existe rede para muitos que esperam apenas por uma mão amiga para sentirem-se protegidos. Tenho certeza que assim voltarão mais preparados para atuar no parlamento.

Se você encontrar um vereador em atuação durante este período de recesso, deixe um comentário neste blog.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Atenção para os taxistas espertalhões

Ontem estive conversando com um taxista, colega de pelada de futebol, que demonstrava está muito satisfeito com a utilização do taxímetro. O aparelho que regula o valor a ser pago pelo cliente, de acordo com a extensão percorrida, passou a ser utilizado no início deste mês em Cruzeiro do Sul por exigência da Prefeitura.

A satisfação do motorista era pelo fato de que com o controle das corridas, os taxistas passaram a faturar mais pelo serviço prestado à população. Agora o passageiro não pode demorar muito dentro do carro que seu bolso está sendo esvaziado a cada segundo.

Tudo bem que o aparelho serve para sistematizar o preço do taxi. Entretanto, o tal colega me revelou uma coisa interessante. Segundo ele, alguns espertalhões estão circulando pelas ruas mais movimentadas, em que o trânsito é mais devagar, para levar os passgeiros ao destino.

Ele confessou que a Avenida Coronel Mâncio Lima é uma das prefaridas devido a grande quantidade de semáforos que cosumem mais tempo e fazem render mais para os taxistas. Portanto, fique atento e ao pegar um taxi desconfie se a primeira rota dele for pela Avenida Coronel Mâncio Lima e exiga sempre que o motorista trafegue pelo caminho mais curto para chegar ao seu destino.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As luzes da praça subiram aos céus

Uma notícia chamou minha atenção nesta segunda-feira (13). Um certo site de Rio Branco estampou a seguinte manchete "Vagner Sales ascende as luzes de natal em Cruzeiro do Sul". Confesso que fiquei curioso para saber a intenção de quem escreveu a matéria. Não por achar que a ornamentação da praça da cidade ficou desorganizada, mas sim pelo termo usado pelo escritor para dizer que as luzes foram acesas pelo prefeito.

Ao invés do verbo ascender, gramaticalmente correto, neste caso, não seria se usar o verbo acender? Pois, ascender significa elevar algo, subir ao trono ou à cátedra, atingir determinada importância, tudo que vem de ascensão. Já acender se impõe para as circunstâncias de atear chama a, abrasar, pôr fogo a, acionar a chave que regula o circuto de luz elétrica ou acender a luz como fez o prefeito na noite do último sábado na praça de Cruzeiro do Sul.

Entrentanto, não fiquei curioso apenas pelo erro de gramática do texto publicado pelo relevante site da capital. Mas, pela impressão que tive de que a matéria foi elaborada por um puxa-saco que na intenção de colocar o prefeito em ascensão, acabou fazendo o prefeito elevar as luzes ao trono ou aos céus como ascendeu Cristo.

Sejamos guardiões da sociedade

A partir de hoje Cruzeiro do Sul conta com mais um ambiente de informação. Este blog que durante muito tempo ficou desativado, agora será um novo espaço de notícias para a sociedade cruzeirense que dispõe de poucas alternativas para fazer suas reivindicações. Portanto, estaremos atentos para qualquer manifestação popular que tenha o objetivo de contribuir para o bem comum de todos.

Todo homem que rir e que chora, que tem emoções e que tem sentimento, pode ser um agente de transformação social. Para isso, é preciso ter a sensibilidade de se revoltar diante das injustiças. Sendo assim, esteja onde estiver, o ser humano tem por obrigação o compromisso com o meio social em que vive, seja nos aspectos ambientais ou em qualquer outra questão social que atinga o bem-estar do seu semelhante.

É com este sentimento que a partir de hoje me disponho a destinar parte do meu tempo para observar ainda mais de perto, tudo que ocorre no âmbito desta linda cidade situada no mais extremo ocidental da Amazônia e que precisa de verdadeiros vigilantes para que nossa gente e nossa cultura sejam bem preservadas.

Portanto, tudo que for motivo de indignação será assunto de no mínimo uma palavra, de uma frase ou de um extenso texto para que você possa esbravejar comigo clamando por justiça. Para isso, aceito opiniões, sugestões, reivindicações, críticas e dispenso qualquer elogio que não seja com o objetivo de barganhar um benefício para a comunidade.