quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Família afirma que criança morreu a espera do SAMU

Ana Clara, de apenas um ano e seis meses de idade, teve convulsões na segunda-feira (16) e a equipe do Sistema Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada, mas a família alega que, além de uma longa demora para prestar o socorro, a ambulância que veio primeiro não era dotada de um médico e teve que retornar para acionar outra viatura. No intervalo de tempo em que a equipe deixou o local para a vinda da outra, a criança entrou em óbito.

Segundo a mãe de Ana Clara, assim que sua filha entrou em convulsão, os familiares ligaram para o SAMU, e em seguida fizeram um contato com o pai da criança que estava trabalhando. Aos prantos a mulher esperava aflita pela equipe de socorro. Mas, só após quase meia hora chegou a ambulância.

“Meu marido estava no Miritizal, veio a pé e chegou primeiro” – disse a dona de casa Núbia da Silva.

O pior de tudo foi que a equipe que chegou era composta apenas de dois técnicos em enfermagem que ao perceberem que o problema era grave, tiveram que retornar à base para acionar o médico de plantão. Quando a outra equipe voltou à casa da família, a criança já estava morta.

“O rapaz pegou minha filha, olhou e disse que ia buscar o médico. Ela ainda estava respirando e eu pedi até pelo amor de Deus que não deixasse minha filha morrer. Quando eles voltaram não teve mais jeito” – lamentou a mãe.

A coordenadora do SAMU, Solange Alencar, alega que quando a primeiro equipe chegou, a criança já estava sem vida. Segundo ela, o médico foi ao local apenas para atestar o óbito.

“Os técnicos fazendo essa hipótese de óbito acionaram a equipe avançada que é um médico e um enfermeiro. Fomos lá e constatamos a morte da criança” – disse Solange.

A família de Ana Clara foi ao Ministério Público na manhã desta quarta-feira (19) e apresentou denúncia contra o SAMU.

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